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Notícia

Prefeitura Municipal de Rolândia


ESCOLA DE ROLÂNDIA É DESTAQUE EM MATÉRIA DA FOLHA DE LONDRINA


 No século passado o escritor Monteiro Lobato revolucionou o mercado editorial brasileiro ao criar uma produção literária voltada ao público infanto-juvenil com temas genuínos da nossa terra, criatividade e senso político. Tratando as crianças com o respeito que elas merecem, tem conquistado até hoje uma legião de fãs. Em homenagem ao dia do seu nascimento - 18 de abril - foi instituído o Dia Nacional do Livro Infanto-Juvenil e muitas escolas brasileiras aproveitaram a data para celebrar um dos nossos maiores escritores. Na última sexta-feira, dia 23, o Dia Mundial do Livro, que presta homenagem à data de nascimento de vários autores estrangeiros, foi um motivo a mais para incentivar a leitura desde a infância.

Na Escola Municipal Vitório Franklin, em Rolândia, o projeto ''Era uma vez...o Dia da Troca'' marcou as comemorações em prol da leitura envolvendo alunos de 1ª à 4ª série. Realizado há três anos, todo bimestre os alunos trazem livros que gostam ou gibis de casa que serão trocados por outros entre os colegas. Neste ano, a direção da escola decidiu organizar um evento festivo para reforçar a importância do ''Dia da Troca''. ''É uma forma de darmos mais incentivo aos alunos. Se não for assim, eles acabam ficando desmotivados e até esquecem de trazer os livros para trocar'', comenta a diretora Maria do Carmo Ferro Campiolo.

Em um trabalho que envolveu as disciplinas de artes, literatura, educação física e informática, os alunos puderam se aprofundar no conhecimento sobre a vida e a obra de Monteiro Lobato. Nas aulas de informática da professora Anamália Negrão, eles partiparam de jogos pedagógicos sobre os livros do escritor. Em artes, com a orientação da professora Edna Sueli Nagatani, a confecção artesanal de livros resultou em belos exemplares, com desenhos e textos produzidos pelos próprios alunos.

Em uma releitura de ''O Anjinho da Asa Quebrada'', a maioria desenhou o anjinho abençoando o planeta Terra. Em outro trabalho, colagens e desenhos sobre personagens preferidos mostraram como é forte a influência dos desenhos televisivos japoneses na imaginação das crianças. E em ''Notifocas'', uma história coletiva sobre uma cobra que adora noticiar fofocas demonstrou a criatividade infantil.

Na abertura do evento, todos assistiram à exibição de um histórico sobre as versões para TV do ''Sítio do Picapau Amarelo'', com explicações dos alunos caracterizados de personagens. A adaptação mais conhecida e exportada para o mundo todo foi a da Rede Globo, de 7 de março de 1977 a 31 de janeiro de 1986, sobretudo para países de língua portuguesa.

Em seguida, uma apresentação de dança ensaiada pela professora Adriana Chiconato em homenagem à personagem Emília - a espivetada boneca de pano falante - encantou a plateia formada por mais de 300 alunos do período da tarde.

Após a performance, as alunas vestidas de Emília distribuíram aos estudantes saquinhos com balas para reforçar a ideia do ''doce sabor da leitura''. Dentro da embalagem, uma citação retirada do livro ''A Reforma da Natureza'' aborda a ideia sugerida pela Emília de que os livros pudessem ser comestíveis para poder entrar ''nas casas dos sábios e dos analfabetos''.

Motivados e animados, não demorou para que os alunos começassem a trocar os livros, organizados conforme a série em mesas dispostas no pátio da escola.

Marcela Gonçalves Balbo, 9 anos, se empolgou com um livro sobre Santos Dumont: ''Pelo personagem, conhecido como o 'pai da aviação' e pela capa, acho que vai ser uma história divertida e interessante'', afirma. Ana Clara Luz, 7 anos, escolheu ''101 Dálmatas''. ''Já assisti ao filme, mas nunca li a história. No ano passado, esqueci de trazer os livros no 'dia da troca', mas agora estou mais organizada'', ressalta. Cássia Midori Abe Horimouti, 9 anos, estava feliz com seus dois livros (já que doou dois também) - um gibi do Smilinguido e um livro do Ziraldo. ''Ler é muito legal e sempre participo do 'dia da troca'. É um jeito de aprender mais'', recomenda.

Na avaliação da professora Cláudia Poppi, de literatura, a iniciativa de trocar os livros tem conseguido cumprir o objetivo de ''socializar a leitura'' de uma forma mais lúdica. ''Incentivar a leitura é um desafio para todas as escolas e realmente os nossos alunos estão mais motivados''.


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  • Por: PMR

Última modificação em 27/04/2010