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Notícia

Prefeitura Municipal de Rolândia


Elifas Andreato será homenageado em Rolândia


 Em reconhecimento a importância do artista, a prefeitura de Rolândia por meio da Secretaria de Cultura e Turismo vai oferecer a população, a partir do dia 26, uma mostra das obras que estarão à disposição no espaço "Elifas Andreato".

"Essa pequena homenagem é uma maneira de reconhecermos a extrema importância do Elifas para Rolândia, Paraná, Brasil e para o mundo. Estou muito feliz de tê-lo aqui em nossa cidade novamente e espero que o Elifas sinta tanto orgulho da terra onde ele nasceu como todos os rolandenses têm por ele", exclamou o prefeito Johnny Lehmann.

IDEAIS - Sua luta, como pessoa, foi a favor da união e solidariedade do povo, contra um indivíduo induzido pelo sistema. Implementou em seu trabalho a idéia de construir, de fato, uma perspectiva nova para o país.

Elifas Andreato é, talvez, o mais importante artista gráfico do Brasil. Sua trajetória, dentro das artes nacionais, é única: saiu de uma condição desfavorável no interior do Paraná, conviveu com o analfabetismo até a adolescência, foi operário e ainda militante político perseguido pela ditadura.

CARREIRA – O artista iniciou sua carreira aos 14 anos de idade, quando, trabalhando como torneiro mecânico para a Fiat Lux, começou a pintar painéis que decoravam o salão de festas dos bailes de sábado. Aos 18 anos foi para a TV Record como assistente de cenografia do programa Eu Show Luís Vieira. Contratado em 1967, como estagiário na Editora Abril, trabalhou nas revistas Cláudia, Manequim, Quatro Rodas e Realidade. A partir daí nunca mais parou sua vida profissional.

Sem instrução formal tornou-se referência no meio intelectual e artístico do país. E, sem nunca ter passado por um banco de escola, Elifas Andreato chegou a ser professor de Artes na USP. Sua grande contribuição à cultura nacional, porém, data de 1970, quando o jovem artista, apaixonado por música brasileira, foi responsável pelo projeto gráfico da coleção História da MPB, que marcaria época pela Editora Abril. Os LPs eram vendidos em bancas de revistas, mas chamavam mais atenção os encartes que os acompanhavam. Traziam uma diagramação revolucionária para a época e eram feitos após rodadas de chope e de sinuca, que Elifas promovia com os compositores a quem ia retratar.

Isso serviu para que o jovem paranaense conhecesse intimamente os artistas a quem estava retratando, imprimindo nelas a personalidade de cada um.

Foram quase 500 capas de lá para cá. De Pixinguinha à Zeca Pagodinho, praticamente todos os compositores e cantores do Brasil tiveram o privilégio de contar com uma obra de Elifas Andreato em sua discografia. Porque uma capa assinada por Elifas deixava de ser apenas uma mera capa de disco para se converter numa pequena obra de arte.

 


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  • Por: PMR

Última modificação em 12/01/2010